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QUAL PAPEL | vol. 2?

Qual o papel ideal para lambe-lambe e porque não existe o papel ideal



Magosh (Diadema, SP) lambe em serigrafia impresso em papel seda


No nosso último texto sobre tipos de papel demos dois passos para trás para falar sobre os tipos distintos de lambe-lambe que podem ser feitos. Se você não leu, chega lá e dá uma conferida! É uma leitura de 3min que fala sobre lambes manuais, stencil, digitais e por aí vai.


Nesse texto vamos abordar alguns tipos de papel, além de dicas para você que já produz suas artes aprimorar ainda mais e, pra você, que pensa em começar a produzir, iniciar 2019 produzindo com mais conhecimento.


 

1- GRAMATURA

Esse é um dos pontos essenciais que vão facilitar ou dificultar na hora de colar o seu lambe. Quanto mais leve e fino o papel, mais fácil dele aderir à parede e, consequentemente, você passa menos cola. Papéis com gramatura abaixo de 90g são “melhores” para colar.


Colocamos “melhores” aqui entre aspas, porque a parede é um fator que pode interferir também. Se a superfície não é das mais lisas para ser colado, é legal trabalhar com um papel com gramatura um pouco mais pesada, porque evita de rasgar no primeiro contato.


2- COLA

É importante ter uma boa cola para colar o seu lambe — seja ele em um papel mega pesado ou levinho. No youtube você acha diversas dicas de como fazer a sua cola caseira. Mais pra frente vamos abordar aqui em um post específico sobre COLA E TIPOS.

Uma dica rápida: Misturar cola branca com pva à colas caseiras (base de farinha) é uma boa solução e mantém o seu lambe colado e firme.


Existem as opções mais baratas e totalmente caseiras: as colas de farinha, polvilho azedo e soda cáustica.


3- TIPOS DE PAPEL

Como falamos anteriormente, existem diversos tipos de papel e possibilidades de criar o seu lambe. Vamos listar aqui alguns deles;


a) Papel-jornal

O nome já diz, é o papel utilizado nos jornais. É ótimo, leve e de baixo custo. Exitem muitos lambes em serigrafia feitos nesse papel, além de lambes manuais também. E pra colar é ótimo, adere bem a muitas superfícies.


b) Papel seda

O papel seda é uma excelente opção para lambes manuais e em serigrafia também. Ele pode ser encontrado colorido ou transparente. É um papel extremamente leve (em média 18g) e super fácil de colar. De tão fino muitas vezes adere tanto na parede que é impossível de tirar. Vira quase um carimbo.


c) Papel sulfite

Comumente utilizado em escritórios e bureaus de impressão. Talvez seja o papel mais simples de se fazer os lambes criados digitalmente (imagem ou texto), justamente por ser amplamente usado nestes locais - e em todo território nacional. Além disso possui enorme variedade de tamanhos padrão e fáceis de encontrar (A4, A3, A2, A1…), vendidos em resma em grande quantidade ou em bobinas.

Tanto o sulfite branco quanto o colorido são amplamente utilizados em lambes. O Projeto Encontrarte é um exemplo que utiliza o sulfite colorido em seus lambes.


d) Papel kraft

Quando utilizado em gramatura baixa e com lambes que aproveitam a cor natural do papel para compor a arte dá um excelente resultado estético. É ótimo também encontrar este papel em rolo. Tanto este quanto o sulfite são encontrados em bobinas de metros e metros. O pró: barateia caso você produza muito. O contra: você vai ter papel por anos se não produzir.


e) Papel couché

Não é um papel amplamente utilizado, além de ser mais caro. Os bureaus e pequenas gráficas o utilizam bastante para impressos rápidos. No caso do lambe-lambe, há locais que imprimem lambes em grande escala — impressão em plotter acima de 3 metros (aqueles lambes comerciais) que utilizam o papel couché fosco, pois é o papel oferecido no mercado para este tipo de impressora, vendido em bobinas imensas que imprimem em cor com tinta a base de solvente. Se é a única opção disponível pra você, priorize o fosco e de baixa gramatura.



 

O Lambes Brasil é um canal independente. Feito por e para artistas com o propósito de fomentar e valorizar o lambe-lambe no contexto da Arte Urbana Brasileira, fortalecer o cenário aos artistas e produtores, gerar reconhecimento da técnica e prática artística perante o público, o mercado, os órgãos governamentais, empresas, entidades culturais e demais linguagens artísticas.


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